Engenheiro Beltrão promove oficinas por meio de leis de incentivo à cultura

O município de Engenheiro Beltrão vem promovendo e incentivando a realização de diversas oficinas culturais, sobretudo a partir do ano de 2022. As atividades são realizadas com o apoio da prefeitura, através do departamento de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura, por meio de leis federais de incentivo.

De acordo com a diretora de Cultura, Roseneide Gonçalves Cota, as atividades beneficiam a população de todo o município, incluindo moradores dos 5 distritos. São turmas de capoeira, pintura com tinta guache, biscuit e dança contemporânea. As de dança são voltadas para adolescentes. Devido às técnicas utilizadas, participam dos cursos de biscuit e pintura crianças e adolescentes. Por sua vez, para as oficinas de capoeira, não há limite de idade.

As oficinas realizadas em 2022 e as deste ano, que iniciaram há pouco mais de 1 mês, têm sido possíveis, de acordo com a diretora, graças às leis federais de incentivo à cultura e ao apoio do município. “Em dois mil e vinte e dois, nós desenvolvemos as oficinas pela Lei Aldir Blanc. Aí o ano passado chegou o recurso da Lei Paulo Gustavo, fizemos todo o processo, com o apoio da prefeitura”, explicou.

Os recursos das leis federais são usados para custear os profissionais que atuam ministrando os cursos, os chamados ‘fazedores de cultura’, enquanto a infraestrutura necessária, incluindo espaço físico e materiais, é fornecida pela prefeitura. Os pais dos alunos também contribuem com alguns materiais, como massinhas de biscuit, por exemplo.

Em 2022, ao todo, 108 alunos foram beneficiados no município com as oficinas. Este ano, somente no primeiro semestre, o número já cresceu para 162. Roseneide enfatizou, ainda, a dedicação no trabalho que todos os profissionais desempenham nas oficinas para que a cada ano haja mais interesse da população. “Tudo bem, ele [professor] está recebendo, mas a gente pagou pelo profissional, mas não pelo carinho”, disse.

Cada oficina terá duração de 6 meses, exceto a de biscuit, que será realizada em 3 meses. Atualmente, não há vagas disponíveis para a maioria dos cursos, que precisam respeitar uma sequência pedagógica, como é o caso das oficinas de artesanato. Porém, na de capoeira e de dança, ainda há vagas. “São atividades que você pode começar a qualquer hora”, disse. Para o segundo semestre, já há previsão de abrir novas turmas, a partir de outros editais.

Inclusão

Reseneide falou do orgulho que tem em desenvolver os projetos contemplando também a inclusão de crianças e jovens. Participam das oficinas, nas turmas, alunos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno Desafiador Opositor (TOD), entre outros.

Todos os alunos realizam as aulas juntos. Em função disso, a diretoria desenvolveu um trabalho de orientação aos professores, para que as ações sejam feitas de forma verdadeiramente inclusiva, atendendo às necessidades de cada participante. “Tá sendo muito satisfatório e bacana o retorno”, enfatizou.

Músicos locais também são beneficiados pela lei

A Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022) também vem beneficiando músicos locais. Por meio dela, assim como do apoio da gestão municipal, com infraestrutura, a banda de rock Shapiro Wilk e a cantora gospel Larissa Souza, todos beltrãoenses, tiveram a oportunidade de fazer as primeiras gravações profissionais.

A banda de rock Shapiro Wilk está finalizando a gravação do primeiro álbum e videoclipe profissionais

“Ambos tinham o sonho de gravar uma música ou um videoclipe. Aí veio o recurso da Lei Paulo Gustavo”, disse Roseneide, ao completar que, como a verba seria destinada para toda produção audiovisual, ela, representando o departamento de Cultura do município, auxiliou os músicos em todo o processo, desde a elaboração dos editais para participarem da seleção.

Tanto a banda quanto a cantora foram contemplados e puderam contratar profissionais especializados na área. Larissa Sousa gravou uma música gospel e um videoclipe. Já a banda está terminando de gravar o primeiro álbum, com 4 músicas, e um videoclipe. A previsão de lançamento será para final deste mês ou início de maio, segundo a diretora.

A cantora solo, Larissa Souza, já gravou uma música gospel e um videoclipe

Os artistas já se apresentaram em eventos da cidade. Inclusive, participaram da programação de Natal 2023. Roseneide ressaltou que a gestão municipal custeou serviços que a lei não cobre, como iluminação, palco, som, entre outros.

A diretora do setor falou da importância que essas ações culturais representam para o município. “A cultura hoje é um órgão instituído em Engenheiro Beltrão. Isso facilita muito”, disse, ressaltando a importância desses incentivos do governo. “Quando você paga o fazedor e a gestão te dá todo esse suporte, as coisas acontecem”, emendou.

As leis federais

As leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc foram criadas para ajudar o setor cultural no país, após ter sido grandemente atingido pela pandemia de Covid-19. A Lei Aldir Blanc (Lei nº 14.399, de 8 de julho de 2022) foi instituída prevendo o repasse anual de verbas a estados e municípios, para serem realizadas ações no setor cultural.

Por sua vez, a Lei Paulo Gustavo também tem a intenção de contribuir com estados e municípios, repassando verbas para serem implementadas ações emergenciais que possam auxiliar trabalhadores do setor que foram prejudicados pela pandemia.

Confira mais fotos de algumas oficinas: