Juranda comemora 43 anos de emancipação política nesta segunda-feira
Com 7.898 habitantes, conforme estimativa populacional do IBGE de 2024, o município de Juranda completa 43 anos de emancipação político-administrativa nesta segunda-feira (16).
Desde o sábado (14), a prefeitura vem cumprindo uma programação festiva para celebrar a data. Nesta segunda, encerramento das festividades, haverá um show com a dupla Thaeme e Thiago no Centro de Eventos da cidade. A entrada é gratuita ao público.
A população terá também à disposição praça de alimentação, feira de artesanatos, parque infantil, entre outras atrações.
Segundo historiadores, em 1945 o município recebeu o nome de uma índia da tribo Carajás (Jurandá), que teria sido aprisionada na região. Na solidão do cativeiro, com saudades de seus familiares, ela acabou morrendo.
A partir de então, quando alguma autoridade ou pessoa perguntava aos pioneiros onde moravam, informavam que residiam na região da índia Jurandá. Com o passar do tempo o nome foi assimilado entre os habitantes.
Colonizada pelos imigrantes europeus, como ucranianos, poloneses, italianos e alemães, com o tempo houve a miscigenação com os “brasileiros” de outras regiões, em especial paulistas, mineiros, gaúchos e baianos. No final dos anos 90, chegaram algumas famílias de origem Japonesa. O distrito foi elevado à categoria de município em 1981, desmembrado do município de Mamborê.
Juranda também ficou conhecida no mundo em 2017, quando a Santa Sé reconheceu como milagre a cura do menino Lucas Batista, pela intercessão dos Pastorinhos de Fátima. Naquele ano, o Papa Francisco canonizou os Pastorinhos Francisco e Jacinta considerando o milagre do menino como o fator principal. Tanto que Lucas e a família participaram da solenidade.
A história do milagre começou quando no dia 3 de março de 2013 Lucas, de apenas 5 anos, ao brincar com a irmã, caiu da janela do apartamento dos avós, localizado no centro de Juranda e sofreu uma grave lesão cerebral. Os pais, ao verem o filho hospitalizado e em coma, recorreram às Irmãs Carmelitas do Mosteiro de Nossa Senhora do Carmo em Campo Mourão, que reuniram-se em oração pelo menino pedindo a intercessão dos Pastorinhos de Fátima, também crianças.
Desenganado pelos médicos, Lucas recuperou-se acordando do coma, sem sequelas. A cura que já era considerada um milagre pela comunidade local seguiu um longo e criterioso processo de canonização, onde um tribunal eclesial foi montado para que as testemunhas fossem ouvidas e o relatório encaminhado para o Vaticano. Até que em 2017 foi oficialmente reconhecido, reforçando ainda mais a fé católica da cidade.