Modernização do aeroporto consolida Maringá como referência logística para o País

A primeira parte da modernização do Aeroporto Regional Silvio Name Júnior, em Maringá, no Noroeste do Estado, foi concluída. O investimento do governo federal, com contrapartida municipal, foi de R$ 81,5 milhões.

Agora, o complexo aéreo passa a contar com a segunda maior pista de pousos e decolagens do Paraná, que passou de 2.100 metros para 2.380 metros. A reforma, iniciada em 2019, garantiu também a implementação de modernos instrumentos de auxílio de navegação aérea (ALS e ILS). Essa estrutura permitirá ao terminal se consolidar como importante ponto logístico nacional para o transporte de cargas.

Com a nova pista, o empreendimento pode receber aviões cargueiros de todo o mundo. Alguns modelos transportam 50 toneladas de carga.

“Esse novo aeroporto significa um salto para a infraestrutura de Maringá e do Paraná. A cidade terá condições de receber mais aviões de carga, movimentando toda a cadeia econômica. Isso vai significar mais emprego e mais renda para os paranaenses”, afirmou o governador.

Ratinho Junior destacou que a expansão é mais um passo importante na consolidação do Paraná como hub logístico da América do Sul.

“O planejamento do Governo do Estado busca reforçar todos os modais. Por isso queremos uma aviação regional forte, estradas duplicadas e seguras e trens que possam ajudar no escoamento da safra até o Porto de Paranaguá. Tudo isso já está acontecendo e vamos avançar ainda mais”, disse.

Estrutura

Parte desta estratégia está condicionada exatamente à nova pista para pousos e decolagens. O local passa a ter 2.380 metros de comprimento e 45 metros de largura, 162 metros mais longa do que a faixa principal do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, que tem 2.218 metros.

Só é menor do que a pista do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, inaugurada em abril, com 2.858 metros, a maior do Sul do País.

O pátio do aeroporto de Maringá também foi ampliado para 12 posições de estacionamento de aeronaves e o aeroporto passa a contar com o Sistema de Iluminação de Aproximação (ALS), que permite pousos mesmo em condições climáticas adversas.

“O Aeroporto Regional está localizado em um entroncamento rodoviário e ferroviário, na BR-369, o que permite ao aeroporto ser um hub logístico para a distribuição de cargas para várias cidades”, afirmou o prefeito de Maringá, lembrando que os principais aeroportos de carga do País, Guarulhos e Viracopos (Campinas), já estão com capacidade de movimentação esgotada.

Segunda etapa

A próxima fase da modernização do complexo já começou a ser planejada. Ela prevê a modernização da Torre de Controle, cujo Termo de Compromisso já foi assinado, e o projeto de ampliação do Terminal de Passageiros com a instalação de pontes móveis (fingers) para o embarque e desembarque, que já está sendo desenvolvido pela Infraero.

O atual terminal tem atualmente capacidade para atender 600 mil passageiros/ano. A intenção é preparar o complexo para receber até 3 milhões de passageiros anualmente. “Vamos assistir a um novo panorama de negócios, com Maringá entrando de vez no radar internacional de importações e exportações”, ressaltou Maia.

Novos voos

O Aeroporto Regional de Maringá completou 20 anos em 2021. Possui sítio aeroportuário e entorno totalmente preservados pelo plano diretor da cidade, permitindo, assim, sua expansão. As três principais companhias aéreas brasileiras operam no aeroporto: Azul, Gol e Latam ofertam voos para Curitiba, Campinas, Guarulhos, Congonhas (retorna em dezembro) e conexões para o Brasil e o mundo.

Em julho deste ano, a Azul Linhas Aéreas confirmou ampliação de destinos, tendo voos diretos para a capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. No mês passado, novos voos foram confirmados para atender a população na alta temporada 2021/2022. São ligações diretas para Navegantes (SC), Rondonópolis e Cuiabá (MT) e Porto Seguro (BA).

Voe Paraná

Maringá também é peça-chave para o programa estadual Voe Paraná, o maior de aviação regional do País. O projeto foi retomado em setembro, após um ano e seis meses de inatividade em razão da pandemia da Covid-19.

Em parceria com a companhia paranaense Aerosul, já estão em operação voos diretos ligando Curitiba a cidades importantes do interior como ArapongasApucarana e Pato Branco. A empresa pretende até o fim do ano começar as ligações Curitiba-Londrina, Curitiba-Telêmaco Borba, Curitiba-Francisco Beltrão, Curitiba-União da Vitória, Curitiba-Cornélio Procópio, Curitiba-Guaíra, Curitiba-Guarapuava e Londrina-Foz do Iguaçu-Assunção (Paraguai).

Maringá já conta com voos diretos para a Capital, mas também está no radar de expansão da empresa.