Morador com uma perna só pede ajuda para comprar cadeira de rodas elétrica
Sem a perna esquerda, o morador de Luiziana, Pedro Gonçalves da Rosa, 63 anos, vive um drama. Está precisando de ajuda para comprar uma cadeira de rodas elétrica. Sem condições de trabalho, o senhor recebe benefício do INSS, que não chega a um salário mínimo. Segundo ele, o dinheiro dá somente para pagar o aluguel e alimentação.
Seo Pedro anda pela cidade em uma cadeira de rodas improvisada transformada em um triciclo. O assoalho é feito em tábua bruta e como o veículo é muito estreito, ele corre o perigo de poder cair a qualquer momento. Isso sem falar do peso que ele tem que empurrar. A história do cadeirante ganhou notoriedade após o líder comunitário Nilton Tasca fazer um vídeo do sofrimento do senhor e publicar nas redes sociais.
“A médica me disse que é muito cedo para me dar uma cadeira”, falou Pedro, ao informar que o município recebeu entre 18 a 20 cadeiras elétricas recentemente, mas ele não foi beneficiado porque não se enquadrou no programa. A profissional médica a quem ele se referia é do Centro de Reabilitação Física de Cascavel (FAG) que atende diversos municípios do Paraná pelo SUS através de convênio com o Governo do Estado.
“Os outros pegaram, mas eu não consegui”, continuou Rosa. Ele informou que uma nova cadeira o ajudaria bastante no dia a dia para se locomover pela cidade. “Ando para todo canto neste sofrimento. Vou à farmácia, mercado, posto de saúde…Tudo que preciso sou eu que tenho que correr atrás porque moro sozinho”, afirmou emocionado, ao comentar que não tem condições financeiras de adquirir uma cadeira elétrica nova ou usada. Ele disse ainda que a médica que o atendeu informou que ele só poderia receber uma cadeira quando completasse 65 anos. “Se tiver que esperar mais dois anos vou sofre muito ainda pela frente”, lamentou.
Interessados em ajudar o morador, podem entrar em contato com Nilton Tasca, pelo telefone (44) 9.9769-6852
Outro lado
O secretário da Saúde de Luiziana, Edson LiS, informou que Rosa foi avalizado por uma equipe multidisciplinar da FAG (fisioterapeuta, psicólogo e ortopedista), que entendeu que o indicado a ele não é o uso de cadeiras de rodas, que por isso não recebeu o equipamento.
“Mandamos este paciente para avaliação na FAG assim como todos que precisam e cada um é avaliado individualmente. O indicativo dele [segundo equipe multidisciplinar] não é cadeiras de rodas. O que podemos fazer é encaminha-lo novamente para ver se a equipe se comove e possa ajuda-lo”, falou o secretário sobre o caso.
Liss, disse que uma cadeira elétrica como a que Rosa está precisando é bastante cara. “Tem um custo alto, não é uma cadeira simples, tem pneus especiais e manutenção de bateria. Mas o que pudermos fazer para ajuda lo vamos lutar”, frisou, ao comentar que encaminhará novamente o paciente para uma nova avaliação. “Talvez ele seja atendido por outro profissional que tenha uma conduta diferenciada”, acrescentou.