Nova variedade de capim melhora produtividade de leite em Iretama
Com o objetivo de aumentar a produção de leite no município de Iretama, o Instituto Emater formou um grupo de produtores assistidos no município para adquirir seis mil mudas do napier Capiaçu. A cultivar já é utilizada por produtores de Janiopolis e Fênix, assistidos pela Emater. Onde o capim foi implantando como alimento do rebanho o criador tem aumentado a sua produção sem dispor de área maior para pasto.
De acordo com o extensionista da Emater de Iretama, Jorge Andre Silva Fernandes, a variedade apresenta porte alto, touceiras de formato ereto, folhas largas compridas, elevada densidade de perfilhos basais e florescimento tardio além de boa resistência ao tombamento. A cultivar apresenta também elevado poder de brotação e se destaca das demais cultivares de capim-elefante por apresentar resistência ao tombamento além da facilidade para a colheita mecânica.
“A cultivar inova na versatilidade de uso da capineira, podendo produzir silagem de boa qualidade ou fornecida como picado verde no cocho. Seu potencial de produção de biomassa supera o do milho e da cana-de-açúcar, atingindo média de 50 t/ha/ano de matéria seca”, explicou Fernandes.
Segundo ele, o principal objetivo com a implantação da variedade nas propriedades é proporcionar alimento volumoso para os animais durante todo o ano, aproveitando a característica da planta para aumentar a produção de massa verde por área, barateando o custo de produção ao criador.
Segundo o produtor, Sandro Nazário, graças à assistência técnica prestada pela Emater em difundir novas tecnologias, ele vem conseguindo superar algumas dificuldades na produção leiteira. “Principalmente produzir alimento volumoso de boa qualidade que foi difícil por causa da seca, mas com esse capim, acreditamos ter superado este entrave na atividade”, falou.
O produtor Emerson Rodrigues comentou que com essa alternativa de forragem, espera baixar mais os custos com alimentação e com isso ter uma melhor rentabilidade na produção de leite. “Fazemos a gestão da propriedade com a ajuda da Emater, e sabemos aonde temos que tentar ser mais eficientes para poder continuar produzindo”, argumentou.