O incrível dia em que dois ovos se transformaram em pets
Era setembro quando o empresário e pecuarista Adriano Martins, 59, estava em sua fazenda, em Maringá. Após lidar com o gado, percebeu ovos recém gerados no galinheiro. E não teve dúvidas em levá-los. Apanhou três, os colocou em sua mochila e pegou a estrada, rumo a sua casa. Lá, os enfiou na geladeira. E imaginou comer um deles, já trincado, pela manhã, gelado com açúcar. Uma tentação ao seu paladar. O que ele, nem toda a família imaginavam é que, o que seria uma bela refeição, se tornaria dias depois, uma grata surpresa.
Ainda no mesmo dia, após tomar banho e relaxar, Adriano resolveu abrir a geladeira. Com sede, foi apanhar água. Naquele instante escutou um “piu piu”. Então a fechou novamente e chamou uma das filhas. “Eu falei pra ela encontrar um passarinho que estava perdido, em algum lugar da casa”, disse ele. Mas as buscas acabaram em nada. Então retornou à geladeira para retomar a água. E mais uma vez, escutou o “piu piu”. Junto à filha, procurou o passarinho de novo. E nada. “Foi então que ela abriu a geladeira, viu os ovos e perguntou de onde vieram. Expliquei que eram da fazenda. Ela apanhou um deles, mexeu e descobrimos que estavam galados. O piu piu vinha deles”, contou o empresário, ainda sem acreditar.
Veja o vídeo da descoberta:
O espanto foi geral. Ainda mais pensando que os ovos se transformariam em uma refeição pela manhã. “E agora o que vamos fazer?”, questionaram a filha e a esposa. Perplexos, a família então apanhou um pote de plástico, vazio. E colocou os três ovos em seu interior. Para ajudar no nascimento dos galináceos, o puseram sobre o aparelho do modem, da internet. “O colocamos ali por ser um local quentinho. Dias depois, dois dos três pintainhos nasceram. Nós acompanhamos tudo. Foi um verdadeiro acontecimento em casa. Uma comédia”, explicou Adriano.
Agora, sem a refeição, o “alimento” se transformou em paixão. De uma certa forma, as galinhas caipiras viraram os pets da casa. Por ali permaneceram quase dois meses. Mas com o crescimento rápido, decidiram as manter na casa de uma outra filha, que os adotou. “Como ela tem quintal e nós não, deixamos para que ela cuidasse. E estão sendo tratados como pets mesmo. Têm todo carinho e alimentação diferenciada”, disse. Adriano conta que os “irmãos” se chamariam “piu”, “piu piu” e “piu piu piu”. Mas um deles não sobreviveu. Então ficaram apenas o “piu” e o “piu piu”.