Região está com mais de 500 casos de dengue em 16 cidades
O novo boletim epidemiológico divulgado na tarde desta terça-feira (10), pela Secretaria Estadual de Saúde aponta que a região de Campo Mourão está com 527 casos de dengue em 16 cidades. Na semana passada, o boletim informava oficialmente 478 casos. A situação mais grave é em Nova Cantu, com 293 casos confirmados oficialmente e duas mortes. Quinta do Sol, que também está em situação de epidemia, contabiliza 150 casos.
Estão com registros positivos da doença Engenheiro Beltrão (36), Juranda (26), Peabiru (4), Iretama (3), Campo Mourão (2,) Fênix (2), Goioerê (2), Janiópolis (2) e Moreira Sales (2). Os municípios que estão com um caso registrado são Barbosa Ferraz, Boa Esperança, Rancho Alegre do Oeste, Campina da Lagoa e Roncador.
Em Iretama, o secretário de Saúde, Germano Borino, informou que os três casos foram registrados na mesma família. Nas redes sociais, ele divulgou uma mensagem de alerta para que as pessoas usem repelentes e principalmente pediu a cooperação de toda a comunidade com limpeza dos quintais.
Em Nova Cantu a 11ª Regional de Saúde realiza uma força-tarefa nesta quarta-feira com 60 agentes de endemias de Campo Mourão, Ubiratã, Boa Esperança, Terra Boa e Campina da Lagoa. O município de Campo Mourão cedeu 38 agentes. “Já estamos com quatro técnicos há uma semana em tempo integral para reforçar a atenção primária com acompanhamento dos pacientes e agora teremos o apoio de outros municípios nesse trabalho de eliminação de larvas”, explicou o chefe da RS, Eurivelton Siqueira.
Na semana passada, o secretario estadual da Saúde, Beto Preto, esteve em Nova Cantu para definir ações de combate. Em todo o Paraná são 2.631 casos confirmados, 762 a mais que na semana anterior. “É um número preocupante, muitas cidades vivem epidemia de dengue e só com a participação da população vamos reduzir estes casos”, diz o secretário.
Ele lembra que somente os agentes de combate às endemias não conseguem fazer o trabalho de eliminação do criadouros do mosquito Aedes aegypti. “É preciso eliminar todos os criadouros do mosquito identificados no quintal de casa, no nosso vizinho, no terreno vazio, dentro da repartição pública, da escola, comércio, restaurante. O mosquito não escolhe uma localização específica. Está onde haja pouco acúmulo de água e ele possa fazer a deposição dos ovos”, reforça.