Saúde alerta para casos da síndrome mão-pé-boca em Quinta do Sol

Após várias crianças apresentaram casos da doença mão-pé-boca, em Quinta do Sol nos últimos dias, a secretaria da Saúde do município emitiu um alerta tanto para pais quanto para diretores e dirigentes de escolas municipais e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI’s) para os cuidados com a doença no município.

Segundo a secretária de Saúde do município, Íris Eloisa Pereira Guerra, este ano uma turma chegou a ser isolada e o ambiente escolar embargado por dois dias para desinfecção devido ao alto poder de contágio do vírus. “A medida foi adotada para evitar a proliferação da doença”, explicou, ao comentar que nos últimos dias novos casos da síndrome voltaram a ser registrados em escolas do município. De acordo com a secretária, ainda não se trata de um surto, mas a Saúde monitora com cautela o surgimento dos casos.

“Sempre neste período do ano costumam surgir casos da doença. Como temos várias crianças dividindo o mesmo espaço e estão em contato direto uma com a outra sempre redobramos a atenção nesta época e intensificamos os cuidados”, explicou Íris à TRIBUNA. A secretária informou que o município vem realizando um trabalho preventivo e de conscientização. “Pedimos aos pais que se notarem algum sintoma no filho não o mande à escola por um período de sete dias, que é o prazo médio de melhora do paciente em caso de infecção”, orientou.

Iris disse que em caso de confirmação de contaminação, o estabelecimento de ensino passa por uma limpeza minuciosa e por uma desinfecção para eliminação do vírus. “O cuidado maior deve ser mantido em casa. Se o pai perceber que o filho apresenta sintomas, não leve para a escola porque isso causará uma transmissão em massa do vírus”, ressaltou. Ela comentou que no caso de infecção o paciente recebe cuidados paliativos e deve ficar de repouso.

A doença viral comum na infância é causada pelo vírus Coxsackie e se manifesta por febre, feridas na boca e erupções nas mãos, pés e, às vezes, em outras partes do corpo. Os sintomas mais comuns são: febre alta nos primeiros dias; pequenas bolhas ou feridas na boca, dificultando a alimentação; manchas ou bolhas nas mãos, pés e, eventualmente, nas nádegas; mal-estar, falta de apetite e irritabilidade.

Em caso de apresentar sinais da doença, é necessário que a criança permaneça em casa até a recuperação completa, geralmente em torno de 7 a 10 dias, conforme recomendação médica. Essa medida ajuda a evitar a disseminação do vírus no ambiente escolar. A doença afeta principalmente crianças de até 5 anos, mas também pode atingir adultos. Não há um tratamento específico para combater o vírus, mas é possível aliviar os sintomas com a utilização de antitérmicos, anti-inflamatórios, remédios para aftas e antialérgicos. “A síndrome mão-pé-boca é muito contagiosa. O período de incubação do vírus pode variar de 1 a 7 dias”, ressaltou a secretária. A complicação mais frequente é a desidratação, que pode ocorrer devido às lesões na boca. Em alguns casos, pode ocorrer uma progressão para complicações graves.

Iris comentou que a secretaria da Educação em parceria com a secretaria da Saúde do município segue monitorando a situação e reforça o compromisso com a saúde e segurança dos estudantes, sendo que as aulas não estão suspensas em nenhuma unidade escolar, onde a doença foi detectada, conforme a prefeitura. Em caso de dúvidas, os pais dos alunos também podem entrar em contato com as Unidades de Saúde do município.

Orientações de prevenção

  • Higienizar as mãos frequentemente com água e sabão;
  • Evitar contato próximo com crianças infectadas;
  • Manter brinquedos e superfícies limpas e desinfectadas;
  • Não compartilhar copos, talheres e toalhas;
  • Reforçar a hidratação e alimentação leve para crianças doentes;
  • Procurar atendimento médico ao surgirem os sintomas.