Novo ciclo da dengue já tem 46 notificações e 26 casos prováveis na 2ª semana na região

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) iniciou o novo período epidemiológico para acompanhamento dos casos de dengue. Desta forma, a contagem realizada até duas semanas atrás foi zerada pelos municípios e um novo ciclo começou, prosseguindo até julho do ano que vem. A região da Comcam entrou para a segunda semana do novo período já com 46 notificações e 26 casos prováveis da doença. Até o momento não há nenhuma confirmação.

Na região, os municípios com notificações são Barbosa Ferraz (14); Campo Mourão (9); Goioerê (10); Iretama (2); Janiópolis (2); Peabiru (2); Nova Cantu (2); Roncador (4) e Ubiratã (1). A preocupação é que as temperaturas voltarão a subir nas próximas semanas e chuvas mais regulares serão registradas. Um “prato cheio” para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito vetor da doença, caso a população não mantenha os cuidados básicos de prevenção.

O chefe da 11ª Regional da Saúde de Campo Mourão, Eurivelton Wagner Siqueira lembra que os cuidados devem ser contínuos mesmo no inverno, período de baixas temperaturas e chuvas irregulares, fatores que teoricamente contribuem para diminuição da infestação. Ele recomenda que os moradores façam pelo menos uma vez por semana uma limpeza detalhada em seus quintais para remoção de possíveis criadouros. Na região, os municípios seguem intensificando os trabalhos de campo com os agentes de endemias fazendo vistorias às residências.

No ciclo epidemiológico anterior, encerrado há duas semanas, a Comcam registrou aumento expressivo do número de casos de dengue. Foram 8.829 confirmações contra 2.259 em 2020/21. Os números equivalem a um aumento de 391,7% no quantitativo de casos.

No período, a região teve 14.012 notificações e 9.487 casos prováveis da doença. “Continuamos atentos junto com os municípios contra a dengue”, ressaltou Siqueira, ao lembrar que a maior parte dos focos é encontrada em ambientes domiciliares. Por isso a importância da população se conscientizar para o perigo.

No ciclo anterior as cidades de Terra Boa e Campo Mourão registraram os maiores números de casos: 3.191 e 1633, respectivamente. Nas demais cidades, os números foram os seguintes: Altamira do Paraná (4); Araruna (142); Barbosa Ferraz (302); Boa Esperança (541); Campina da Lagoa (74); Corumbataí do Sul (625); Engenheiro Beltrão (72); Farol (18 ); Fênix (158); Goioerê (169); Iretama (17); Janiópolis (15 (2)); Juranda (24); Luiziana (91); Mamborê (373); Moreira Sales (89); Nova Cantu (8); Peabiru (61); Quarto Centenário (211); Quinta do Sol (35); Rancho Alegre D’ Oeste (161); Roncador (50) e Ubiratã (765).

Paraná

O Paraná já confirmou neste novo ciclo 254 casos de dengue e registrou 2.350 notificações. De 190 municípios com notificações, 78 têm casos confirmados. Do total de confirmações no Estado, 212 são autóctones, em que o paciente foi infectado no seu município de residência.

Além da dengue, o aedes aegypti é vetor também do zika vírus e chikungunya. Os principais criadouros do mosquito, conforme levantamento entomológico realizado pelos municípios e informado à Sesa, estão em lixos como recipientes plásticos, garrafas, latas, sucatas em pátios e ferros-velhos, entulhos de construção.

“Depósitos móveis como vasos e frascos com água, pratos, pingadeiras, recipientes de geladeiras, bebedouros em geral estão entre os principais criadouros do mosquito. Com ações simples de remoção, limpeza e destinação adequada de resíduos sólidos, é possível evitar a proliferação mosquito”, orientou Siqueira.