Túmulos destruídos, caixões à mostra e muita destruição no cemitério de Campo Mourão
A administração do Cemitério Municipal São Judas Tadeu, em Campo Mourão, estima que mais de 100 túmulos foram danificados ou destruídos pela queda de árvores, decorrente do forte temporal dessa segunda-feira (30). No local, o cenário é impactante. De devastação. São túmulos destruídos, em alguns casos com caixões à mostra, cabeceiras de sepulturas caídas, e muita, mas muita sujeira de galhadas de árvores espalhadas por todo canto. A situação crítica levou a administração a fechar o local para visitação nas próximas 24 horas devido ao risco de acidentes.
“Uma cena muito triste”, lamentou a administradora do “Campo Santo”, Janete Iori, ao comentar que o cemitério já estava todo preparado para Finados, celebrado nesta quinta-feira (2). “Caiu bastante árvores danificando túmulos. Até onde não tem árvores caíram diversas cabeceiras [de túmulos] com a força do vento. Estamos priorizando os casos mais graves de sepulturas que estão aparecendo caixões. Nestes casos removemos as árvores para poder tampar estes túmulos provisoriamente até localizar as famílias posteriormente”, informou.
Desde as primeiras horas da manhã equipes da secretaria de Obras e prestadores terceirizados de serviço estão no local em uma força tarefa para amenizar o possível os estragos. “Mas é um trabalho demorado porque são muitas árvores caídas”, pontuou Janete, ao comentar que funcionários do cemitério estão fazendo um levantamento detalhado dos estragos.
Além de túmulos destruídos e árvores arrancadas pelas raízes, o telhado da capela mortuária, que estava passando por reformas, foi arrancado com estrutura e tudo pela força do vento. “A população tem que ter paciência porque está em cima de Finados e até lá não vamos conseguir deixar o cemitério 100%”, argumentou Janete. Conforme informou o município, está sendo analisado se haverá visitação ao local, inclusive, no Dia de Finados.
O diretor da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana de Campo Mourão, vinculada ao Obras, Julio Cesar Renisz, disse que o município está priorizando áreas mais atingidas, como a prefeitura e o cemitério, por exemplo, para liberação, o quanto antes à população. “É uma situação atípica para nossa região, porém quando acontecem eventos como este temos que estar preparados para dar uma resposta imediata à população”, disse Renisz que também teve o telhado de sua residência danificado, mas mesmo assim estava junto à força tarefa na recuperação dos danos.